Prefeitura vai retirar ônibus de circulação de parte do Centro
A partir da semana que vem, os ônibus vão deixar de circular por parte do Centro do Rio. O prefeito Marcelo Crivella anunciou, nesta quarta-feira (6/02), que, com a inauguração da linha 3 do VLT, os pontos finais dos coletivos serão deslocados para a Rodoviária Novo Rio e para o entorno da Central do Brasil. Os detalhes da modificação dos itinerários serão divulgados também na próxima semana.
Com a mudança, mais pessoas passariam a embarcar no VLT. Por dia, 60 mil passageiros usam o modal que tem capacidade para transportar 265 mil usuários. No contrato, cabe à Prefeitura cobrir essa diferença.
A Linha 3, que cobre o eixo da Avenida Marechal Floriano (paralela à Presidente Vargas), terá três novas estações: Cristiano Ottoni/Pequena África; Camerino/Rosas Negras; Santa Rita/Pretos Novos. O percurso pega trechos das Linhas 1 (no corredor da Rio Branco) e 2 (próximo à Central).
Segundo Crivella, a alteração é um estudo minucioso da Secretaria Municipal de Transportes e da Procuradoria Geral do Município, que levou em consideração os interesses dos usuários do sistema. “Não haverá perdas para o passageiro, que não vai pagar um centavo a mais pelo transbordo. Ou seja, poderá pegar dois ônibus e o VLT, no período de duas horas e meia, e pagar apenas uma tarifa. Além disso, o passageiro não paga quando faz transferência entre linhas ou nova viagem no mesmo sentido no período de uma hora”, disse a Prefeitura em nota.
De acordo com o comunicado, o tempo de deslocamento dos usuários será reduzido em 20% na região do Centro. “A primeira etapa de alterações contemplará as linhas que saem das Zonas Norte e Oeste da cidade. As linhas provenientes da Zona Sul sofrerão mudança em uma próxima fase”, diz a nota. Ainda segundo o município, não haverá alteração quanto às linhas de ônibus intermunicipais neste momento. “As alterações nos itinerários destas linhas já estavam previstas desde o início da implantação do VLT”.
A nota diz ainda que a cidade se tornará mais amiga do pedestre, como já é realidade em grandes centros do mundo, que suspenderam a circulação de ônibus na área central, como Paris, Bourdeaux e Amsterdã, onde há predominância do VLT no centro.
Serviço:
Quem vem da Zona Norte:
– se vier pela Zona Portuária, o passageiro deve desembarcar na Rodoviária ou na Candelária, embarcando na Linha 1 (Santos Dumont) ou na Linha 2 (Praça XV) do VLT para seguir viagem;
– se vier pelo eixo Av. Francisco Bicalho–Av. Presidente Vargas, deve desembarcar na Central ou na Candelária, embarcando na Linha 2 (Praia Formosa-Praça XV) ou na Linha 3 (Santos Dumont, via Av. Marechal Floriano) do VLT para seguir viagem;
Obs: o itinerário dos ônibus que seguem pelo eixo Tijuca (Praça da Cruz Vermelha e Lapa) não será alterado.
Quem vem da Zona Oeste:
– se vier pelo eixo Av. Francisco Bicalho–Av. Presidente Vargas, o passageiro deve desembarcar entre a Central e a Candelária, embarcando na Linha 2 (Praia Formosa-Praça XV) ou na Linha 3 (Santos Dumont, via Av. Marechal Floriano) do VLT para seguir viagem;
SOBRE O VLT
– A passagem do VLT custa R$ 3,80, e cada pessoa deve ter o próprio cartão RioCard e validá-lo ao embarcar.
– É indicado já carregar passagens de ida e volta antecipadamente, quando necessário.
– Os cartões são recarregáveis e aceitos em ônibus, trens, barcas e metrô.
– As máquinas de recarga aceitam dinheiro (cédulas e moedas) e cartões de débito (Visa, Mastercard ou Elo)
– Os terminais não dão troco. Todo o valor carregado é revertido em créditos.
– A compra ou recarga pode ser feita nas paradas e estações, que contam ainda com terminais para consulta de saldo, desbloqueio de cartões e liberação de recarga on-line.
– Em caso de aquisição de um novo cartão, são cobrados R$ 3 como depósito-garantia, reembolsáveis em qualquer loja RioCard.
– A recarga on-line pode ser feita por meio do site Recarga Fácil (recargafacil.riocard.com).
– O sistema permite a transferência entre linhas ou nova viagem no mesmo sentido em até 1 hora após a primeira validação. O cartão deve ser validado sempre que o passageiro embarcar.
– Os veículos do VLT contam com fiscalização de agentes da concessionária em parceria com a Guarda Municipal. A não validação está sujeita à multa de R$ 170, de acordo com a Lei Municipal 6.065/2016. O valor aumenta para R$ 255 em caso de reincidência (multa mais 50%).
– A gratuidade no VLT Carioca está assegurada de acordo com a legislação. Pessoas com mais de 65 anos devem validar com o RioCard Sênior ou apresentar documento de identidade, caso solicitado. Crianças de até cinco anos (inclusive) não precisam de cartão, como nos demais sistemas de transporte público do Município do Rio.
– Passageiros nas seguintes condições devem obrigatoriamente validar o cartão: alunos da rede pública de ensinos Fundamental e Médio do Rio de Janeiro (uniformizados) e portadores do cartão de gratuidade para estudante; estudantes de universidades portadores do Passe Livre Universitário; pessoas com deficiência e acompanhantes legalmente autorizados e doentes crônicos e acompanhantes legalmente autorizados.
– O VLT tem integração com ônibus municipais via Bilhete Único Carioca. Ele permite o uso do VLT depois de até duas viagens em linhas municipais no período de 2h30 sem nova cobrança.
– No caso de uso do VLT antes do ônibus, é cobrada a diferença das passagens, de R$ 0,25.
– O VLT também faz parte do Bilhete Único Intermunicipal que permite integração tarifária com trens, barcas e ônibus intermunicipais quando a soma das tarifas for igual ou superior a R$ 8,55. O período para a integração é de 3h.
Foto: Divulgação