Intervenção estuda alterações na operação do corredor Transoeste
O edital de licitação para elaboração do projeto de reconstrução do corredor Transoeste será publicado nesta semana no Diário Oficial. A empresa vencedora vai ser conhecida em cerca de 30 dias e terá seis meses para concluir o estudo para saber quais intervenções serão necessárias no corredor.
Além dos problemas das 22 estações, na Av. Cesário de Melo, entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande, que estão desativadas há um ano, a pista por onde trafegam os ônibus, no trecho de seis paradas entre o Pingo D’água e a Ilha de Guaratiba, está com o asfalto danificado. De acordo com o interventor nomeado pela Prefeitura, Luiz Alfredo Salomão, o estudo indicará qual seria a melhor solução: se é trocar o solo ou criar uma estrutura que suporte ou trocar o trajeto. Salomão adiantou que as 22 estações desativadas só voltarão a funcionar depois de reformadas pela futura concessionária do serviço – que ainda não foi escolhida por licitação – e que o trecho será atendido por ônibus comuns.
Em nota, o Consórcio o BRT critica os 120 dias de intervenção sob o comando de Salomão:
“Agora, quatro meses depois de estar à frente da gestão do BRT, a Comissão de Intervenção não conseguiu sequer apresentar à sociedade um diagnóstico transparente ou um planejamento sério sobre o que precisa ser feito para garantir um transporte mais eficiente e útil aos usuários”.
“É lamentável que a intervenção tenha optado pela solução mais fácil ao iniciar o desmonte das estações e ignorado sua obrigação legal em garantir segurança para os passageiros. A prefeitura jogou todo o dinheiro investido nas estações no ralo. Era esperada a atuação da Guarda Municipal para fiscalizar, aplicar multas e, principalmente, intensificar o trabalho de conscientização junto aos passageiros”.
Plano para custear segurança
O interventor do BRT planeja resolver o problema da segurança nas estações com a contratação de policiais militares de folga. Para conseguir esse dinheiro, ele quer colocar propaganda no nome das estações. A prática chama venda de name rights (ou direito dos nomes, em português). Assim, as estações teriam o seu nome junto com o da marca de alguma empresa que atue na região. Na próxima semana, a Prefeitura do Rio vai realizar um chamamento público para escolher a empresa que terá a tarefa de encontrar interessados em publicar suas marcas em nomes de estações.
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