PM intensifica ações nos ônibus para reduzir recorde de assaltos

O Rio registrou no mês de maio 1.652 assaltos a ônibus. Esse é o maior número de roubos em coletivos no município em 21 anos, além de um aumento de 10%, em relação a maio do ano passado quando foram registrados 1.501 delitos desse tipo. Os dados são do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio (ISPRJ).

De acordo com o ISPRJ, nos cinco primeiros meses do ano, 7.466 ônibus foram assaltados, o equivalente a um roubo a cada meia hora. A prática desse crime cresceu 18%, em relação ao mesmo período do ano passado quando ocorreram 6.319 delitos.

O porta-voz da Polícia Militar, Mauro Fliess, disse que a PM está colocando policiais à paisana nos coletivos, para agirem em casos de extrema necessidade. “A missão deles é diante de um perigo iminente acionar o policiamento fardado”, explicou Fliess. Em sua rede social, a corporação informou que as ações da PM, visando à redução dos roubos praticados em transportes coletivos, conseguiram neste mês de junho reduzir em mais de 30% o número dessa modalidade criminal, no estado. “Somente na Capital, considerada a área mais crítica, a queda chega a 34%”, comunicou.

Em março, a assistente social Mariana Gouveia foi vítima de assaltantes armados, na linha 455, Méier-Copacabana quando voltava do trabalho no Centro, por volta das 19h. “Eles agiram com muita violência. Felizmente, ninguém ficou ferido, mas hoje, evito levar dinheiro na bolsa e mexer no celular”, comenta. No início de junho, a faxineira Luzimar de Oliveira morreu e dois homens ficaram feridos durante um assalto a um ônibus da linha 383, Realengo-Praça da República, em Campinho, por volta das 4h30. Dois ladrões anunciaram o roubo um ponto após terem embarcado e pagado a passagem.  

O gerente de Planejamento e Controle da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor), Guilherme Wilson Conceição, em audiência pública nas comissões de Transportes e de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), declarou que  o agravamento da crise da segurança pública contribuiu para o aumento da violência nos ônibus de uma forma geral. “Os índices de criminalidade estão aumentando desde 2014. Implantamos câmeras de segurança em todos os coletivos da região metropolitana, mas observamos que só elas não têm sido suficientes para inibir esse tipo de delito”, destacou.

Foto: Redes Sociais PMERJ

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