Após assinatura de decreto, Linha 3 do VLT entra em operação
A Linha 3 do VLT, que liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont, entrou em operação no último sábado (26/10). O ramal, cujo trajeto leva 18 minutos, deverá reaquecer o comércio da região. Os donos das lojas na Avenida Marechal Floriano reclamavam da queda do movimento. Joilma Monteiro, 70 anos, proprietária de um comércio na via, disse ao jornal O Dia, que por quase dois anos – tempo que duraram as obras – as pessoas deixaram de passar pela avenida. Segundo ela, com a inauguração do VLT, o comércio da região voltará a ser movimentado. Com a inauguração da Linha 3, a expectativa da concessionária VLT Carioca é de que o número diário de usuários ultrapasse os 100 mil.
A inauguração da Linha 3 ocorre depois da assinatura do decreto municipal assinado em 15 de outubro, que criou o grupo de trabalho, que irá ajustar as questões contratuais entre a Prefeitura e o VLT Carioca em um prazo de 10 meses.
Em março, o prefeito chegou a afirmar que o VLT era uma “porcaria”. Posteriormente, o município divulgou nota afirmando que Crivella se referia não ao meio de transporte, mas ao contrato do serviço firmado antes das Olimpíadas de 2016, sediadas na capital fluminense.
A equipe, composta por técnicos do município e da concessionária, vai analisar o ajuste entre o movimento diário de passageiros esperado inicialmente e a quantidade real registrada. O contrato original estabelecia que a Prefeitura teria de garantir a demanda de 85% de 260 mil pessoas por dia.
Segundo o prefeito Marcello Crivella, esse número se mostrou irreal e na prática e geraria prejuízo aos cofres públicos. Será discutida também a possibilidade de retirar de circulação algumas linhas de ônibus no Centro, além de um possível ajuste na tarifa do VLT e do seu funcionamento 24 horas por dia.
Linha 3
Com a Linha 3, o sistema passa a ter uma rede de 28 quilômetros de trilhos, 29 paradas e estações e 32 trens, que circulam desde junho de 2016 no Centro e na Região Portuária. São 10 paradas, sendo três novas: Cristiano Ottoni-Pequena África (na região da Central), Camerino-Rosas Negras (na Marechal Floriano) e Santa Rita-Pretos Novos (também na Marechal Floriano). Os nomes são homenagens a ícones da cultura africana, batizados em consenso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e entidades do movimento negro e sociedade civil.
As paradas Central e Cristiano Ottoni-Pequena África terão serviço compartilhado com a Linha 2; já as paradas Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont atenderão às Linhas 1 e 3. Nos trechos compartilhados, os intervalos entre os trens serão de aproximadamente 3,5 minutos, como já acontece atualmente na região da Rodoviária.
Foto: Tomaz Silva/ Agência Brasil