Passageiros reclamam da escassez de BRTs em horário de pico
Na manhã desta quarta-feira (1°/4), apesar da fiscalização muitos ônibus do BRT deixavam a estação Mato Alto, na Zona Oeste, lotados. Por volta das 6h, guardas municipais auxiliavam funcionários do consórcio, que encontravam resistência dos passageiros em não embarcarem nos ônibus articulados quando os assentos já estivessem todos ocupados. A determinação de não transportar passageiros em pé é uma das medidas implementadas pela Prefeitura de combate à propagação do coronavírus.
Nas redes sociais, usuários do sistema reclamavam da dificuldade de obedecer a determinação por causa da escassez dos ônibus: “Como pegar outro vazio se só vem desse jeito aqui (lotado) na Estação Recreio shopping”, criticou a internauta. Em outro post, a passageira se queixava do tempo de espera pelo ônibus: “A concessionária precisa aumentar o número de carros no horário de maior fluxo, muito tempo de espera nas estações e o patrão não quer saber se o funcionário chegar atrasado porque está esperando pra ir sentado”, afirma. Outro usuário acrescentou: “Se eu for esperar BRT com lugares para sentar. Melhor ir andando”.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que, só na terça-feira (31/03), aplicou 27 multas ao consórcio BRT, por descumprir a determinação. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, fiscais percorrem os três corredores do BRT com o objetivo de coibir o transporte de passageiros em pé.
De acordo com o órgão, os agentes verificam os serviços dos ônibus diariamente e em diferentes turnos, observando se há lotação nos coletivos. Desde o início das ações contra o coronavírus, a secretaria já aplicou 139 infrações.
O Consórcio BRT informa nas redes sociais que “segue operando com toda a frota e em acordo com as recomendações da Prefeitura, trabalhando para que os veículos saiam dos terminais somente com passageiros sentados. A conscientização é fundamental e contamos com as fiscalizações das autoridades no combate à pandemia”, diz a mensagem.
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