Demissões no transporte podem levar à greve geral, diz CNTTT
Em resposta às demissões de mais de 70 mil rodoviários em todo o país, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT) advertiu que há um crescente movimento de greve geral liderado pelos sindicatos e federações de base. Paralisações e protestos de trabalhadores dos transportes públicos já estão ocorrendo em vários municípios, como, Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Florianópolis, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Luiz, São Paulo, Vitória, Teresina e outras cidades. “Já perdemos 70 mil postos de trabalho somente no público urbano e metropolitano de passageiros, em função da grave crise que afeta nosso segmento de serviços”, alerta Jaime Bueno Aguiar, presidente da Confederação.
Em ofícios enviados ao Presidente da República e aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a CNTT comunicou a situação crítica que vive o setor, e pediu urgência na adoção de medidas para solucionar os problemas do transporte público.
A CNTTT solicitou ao presidente Bolsonaro que destine recursos aos municípios na forma de auxílio emergencial que garanta a continuidade da prestação do serviço; que estimule a discussão a respeito da modernização do marco regulatório do transporte público; que incentive a criação de fundos/projetos para o constante aperfeiçoamento de medidas relativas a esse serviço, entre outras sugestões.
Aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a Confederação pede a derrubada do veto presidencial ao Projeto de Lei 3364/20, que propõe auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para sistemas de transportes ou que encontrem uma alternativa.
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