Rodoviários de Niterói, São Gonçalo e Região podem parar em abril
Os rodoviários que trabalham em Niterói, São Gonçalo e região podem entrar em greve a partir de abril. No próximo mês, o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) retomará a negociação com representantes das empresas de ônibus, que circulam no Leste Fluminense, caso não haja acordo, há possibilidade de paralisação das atividades.
A partir deste mês, o sindicato fará assembleias com os profissionais para decidir quais são as reivindicações da categoria. Segundo o Sintronac, já estão na pauta o aumento salarial de 4%; cesta básica de R$ 320; cofres em todos os pontos finais para recolhimento do dinheiro das passagens; manutenção das cláusulas da atual convenção coletiva; e 2% de comissão para motoristas que exercem a dupla função.
“Os trabalhadores estão com seus salários defasados e amargando uma onda de demissões que, ano passado, nos 13 municípios de nossa base de atuação, chegou a 3.539 chefes de família que foram para o olho da rua. A projeção da inflação oficial é de 4,5% ao longo dos últimos 12 meses. “, comentou, em nota, o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
“É preciso, portanto, que enfrentemos com coragem a situação caótica do transporte público no estado. Alertamos que, se governos e empresas insistirem no caminho em que estão, o setor voltará à época em que quadrilhas organizadas tomavam conta das ruas das cidades”, continuou o presidente do sindicato.
“Devemos buscar uma alternativa para viabilizar o sistema de transporte por ônibus, único a atender a grande demanda de passageiros municipais e intermunicipais, garantindo, aos rodoviários, seus direitos previstos em Lei. Caso contrário, não restará saída, a não ser os trabalhadores tomarem para si a responsabilidade por uma mudança real, através de seu maior instrumento de pressão, garantido pela Constituição: a greve”, ressalta Oliveira.
Vacinação dos rodoviários
O presidente do Sintronac destaca que, no campo do combate à pandemia, os rodoviários têm sido ignorados, embora a categoria tenha sido inserida como prioritária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. “Isso é prova de que nós trabalhadores estamos renegados à própria sorte se não nos unirmos num só coro para buscar nossos direitos”, conclui Rubens Oliveira.
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