Alerj é contra a privatização dos bondes de Santa Teresa
O retorno imediato das obras para a reforma dos trilhos dos bondes de Santa Teresa, patrimônio cultural tombado, foi a principal reivindicação dos moradores do bairro durante a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), na última quinta-feira (20/08). Entretanto, os usuários temem que uma possível privatização do transporte venha atrapalhar a retomada das obras. Em março deste ano, o Governo do Estado abriu um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para receber estudos sobre a viabilidade de conceder a gestão do sistema à iniciativa privada.
De acordo com o deputado Dionísio Lins (Progressista), presidente da Comissão de Transportes da Alerj, já há uma decisão judicial definitiva que determina a restauração de todo o sistema de circulação dos bondes do bairro desde 2009; e que a possibilidade de privatização é totalmente rechaçada não só pela população, como também pela Alerj.
“Em conversa com o deputado André Ceciliano (PT), presidente da Casa, ficou decidido que há um compromisso do parlamento carioca em não privatizar o bonde de Santa Teresa, já que se trata de uma atração turística que traz divisas para a cidade-estado do Rio de Janeiro. O bondinho vai ficar onde está e não tenho dúvida de que contará com investimentos para melhor atender não só os visitantes, como também todos os moradores do bairro e da cidade”, alertou.
Dionísio informou também que a comissão vai estar atenta a qualquer movimento que venha de encontro ao desejo da população. Ele informou que organiza uma reunião com representantes da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística e com o secretário Estadual de Transportes, Juninho do Pneu, para um ajuste de conduta para oi cumprimento da sentença judicial de 2009. “A população pode ficar tranquila, pois o que depender da Alerj, já foi garantido pelo presidente da Casa e pela grande maioria dos parlamentares, que o bonde não será privatizado, e que ele ficará sob o controle do governo do estado”, afirma.
A Associação de Moradores e Amigos de Santa Teresa (Amast) cobrou também jornada diária de operação das 6h às 23h, inserção de 21 novas composições, cumprimento das gratuidades, tarifa básica universal, e integração do sistema a outros modais de transportes.
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