Motos elétricas: Alerj cobra explicações ao Detran e Contran
As motos elétricas já são uma realidade e vistas cada vez mais rodando nas ruas da cidade. Porém, essa legião de compradores e usuários enfrenta um sério problema: são proibidos de circular com esses veículos nas ciclofaixas e nas vias de trânsito, sob pena de apreensão e multa.
Diante desse impasse, o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressista), encaminha nesta segunda-feira (18/10) para os presidentes do Detran e Contran respectivamente, requerimento de informações em que solicita que sejam esclarecidas as medidas que estão sendo adotadas para regulamentar esse tipo de transporte.
Caso as explicações enviadas não sejam satisfatórias, Dionísio vai pedir a realização de um uma audiência pública com a presença de representantes do Detran, Contran, importadores, revendedores e associações de usuários, para que possam juntos debater e realizar as alterações necessárias na lei, e encontrar um meio termo para o problema.
Sem autorização para trafegar
As motos elétricas são comercializadas em todo o país com um preço que pode variar de R$ 6 mil até R$ 20 mil, mas não possuem autorização legal para trafegar nas ruas, como ciclomotores nem nas ciclovias como bicicletas.
“É preciso urgentemente que uma solução seja encontrada para esses usuários. Se essas motos elétricas não podem circular pelas ruas pelo fato de não possuírem emplacamento também não podem andar pelas ciclovias, por onde então elas devem rodar? Elas podem ser vendidas e importadas; mas em que categoria elas se encaixam?” Questiona o parlamentar.
Dionísio explicou ainda que para o Contran, ciclomotores são todos os veículos de duas ou três rodas que têm um motor que não exceda 50 km/h ou que tenham motor elétrico que não ultrapasse 4 kw e com velocidade de fabricação máxima de 50km; mas de acordo com revendedores, a maioria não passa de 35km/h.
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