Rodoviários fazem protesto por mais segurança em Itaboraí

Rodoviários da empresa Maravilha, de Itaboraí, paralisaram suas atividades na manhã desta quinta-feira (11/08) e realizaram um protesto em frente à Prefeitura da cidade, em uma ação que congestionou o trânsito no Centro do município. Os trabalhadores responsabilizam o poder público por nunca ter repassado à viação o valor das gratuidades, que representam 47,5% dos passageiros; e pela falta de fiscalização do transporte clandestino, cujos integrantes, inclusive, ameaçam os motoristas profissionais de ônibus e impedem que eles cheguem aos pontos, “tomando à força” linhas em vários bairros.

De acordo com trabalhadores ouvidos pelo Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), algumas linhas, como a 01 e a 31, que vão do Centro para o bairro do Pacheco, tiveram que ser suspensas por conta da ação de grupos armados, que dominam o transporte clandestino por vans em Itaboraí. Como consequência da inércia da administração municipal, segundo eles, pelo menos cem rodoviários foram demitidos da Maravilha, que contava com um quadro de 263 funcionários e, hoje, vive uma grave crise financeira.

“A situação é gravíssima e a empresa está em vias de ser fechada. É inadmissível que o poder público tenha verdadeiro desprezo por um serviço que é considerado essencial pela Constituição Federal, como é o caso do transporte coletivo, abrindo margem para que o crime organizado assuma o seu papel”, afirma o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

O Sindicato dos Rodoviários enviará ofício ao Ministério Público do Trabalho (MPT), para assegurar os direitos dos trabalhadores da Maravilha, e ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), para que seja aberta uma investigação sobre a inatividade da Prefeitura de Itaboraí na fiscalização do transporte clandestino.

A Maravilha, criada em 1985, opera uma frota de 70 ônibus em 29 linhas municipais em Itaboraí e atende a 230 mil passageiros.

“Nenhum serviço de van tem a capacidade de transportar esse volume de passageiros. Isso sem falar que van não tem gratuidade e não assina carteira de trabalho. Sem os ônibus, perdem os trabalhadores e a população do município”, assegura Rubens Oliveira.

Foto: Divulgação

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