Alerj quer explicações sobre preços de seguros de carros

O presidente da Comissão de Transportes e vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, deputado Dionísio Lins (Progressista) quer explicações das seguradoras de veículos sobre o aumento desproporcional dos preço cobrados. Valores considerados abusivos vêm sendo aplicados na hora da contratação ou renovação de seguros, principalmente para os motoristas que residem em bairros com alto índice de roubo de carros.

O parlamentar vai encaminhar para a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e para a Federação de Nacional de Corretores de Seguros Privados (Fenacor), requerimento de informações em que solicita saber quais são os critérios adotados para que esses valores sejam definidos. Ele questiona também se existe alguma cláusula ou artigo que defina a obrigatoriedade de valores diferenciados de seguros e se ele pode ser recusado devido ao local onde mora.

“Apesar de em alguns bairros os números apontarem uma redução no roubo de veículos, é preciso se levar em consideração que muitos motoristas acabam por desistir de registrar a ocorrência por diversos motivos; mas se aproveitar dessa situação e cobrar preços exorbitantes na hora de contratar ou renovar o seguro é um verdadeiro absurdo e uma covardia. Para piorar a situação, o valor ainda é diferenciado de acordo com o bairro onde o proprietário mora, o que, em minha opinião, vai totalmente de encontro ao Código de Defesa do Consumidor, isso sem contar que um grande número de proprietários do veículos tem seu pedido negado pelas seguradoras”, explicou.

Outro assunto que vem preocupando a Comissão de Transporte, diz respeito ao surgimento de um mercado paralelo de seguros que é feito através de cooperativas e associações, em que o proprietário não tem o mínimo de garantia em caso de sinistro, ficando na maioria das vezes sem a prometida reparação, já que de acordo com algumas reclamações recebidas pessoas sem qualificação estão à frente dessas cooperativas.

“Vejo com preocupação a proliferação de empresas que aparentemente vendem ilusão e não dão nenhum tipo de garantia para seus cooperados, se aproveitando da situação atual de segurança, já que muitas vezes quando ocorre um sinistro a dificuldade de acioná-las para ter seus direitos torna-se quase inviável. É preciso saber se existe alguma portaria que autorizou a criação de seguros administrativos por cooperativas ou associações sem fins lucrativos”, disse.

Dionísio afirmou ainda que caso as informações não sejam satisfatórias, irá entrar com uma ação na Promotoria de Tutela Coletiva da Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP) pedindo para que o órgão proíba essa prática e inicie uma averiguação aprofundada sobre a questão.

Foto: Divulgação

 

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