Semove marca nova etapa de transformação da Fetranspor
Depois de passar por uma reestruturação, com a implementação de um programa de integridade e conformidade, novo código de conduta e um canal de denúncias, a Federação das Empresas de Transporte do Estado do Rio de Janeiro, Fetranspor, entrou em uma nova fase. Para marcar essa virada posicionamento, mudou o nome para Semove – Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro. Esse trabalho foi coordenado por Armando Guerra, que assumiu o comando da Fetranspor há cinco anos com a missão de estabelecer uma nova governança, que deixasse para trás os escândalos de corrupção. “Hoje, depois de cinco anos, sem nenhuma denúncia, sem nenhum fato negativo no setor, aproveitamos para transformar e consolidar essa imagem da Semove, como essa entidade que vai levar esse processo daqui para frente”, explicou Guerra.
O próximo passo, segundo Guerra, é levar as questões de governança, que já estão incorporadas à Federação aos sindicatos e às empresas ligadas à Semove. “Queremos mostrar a importância de divulgar os números para que possamos mudar essa imagem de caixa-preta. É uma realidade que não existe mais hoje. Estamos dando total transparência a todos os dados. Nosso esforço agora é aumentar o nível de transparência nas empresas também”, afirma Guerra. Outra ideia, segundo Guerra, é separar cada vez mais a atividade de entidade sindical da relação com o poder público, com a atividade empresarial, que é o RioCard Mais. “Essa separação de atividades vai ficar mais clara agora para fazermos essa reaproximação com o poder público e continuar colaborando com projetos de mobilidade”, acrescentou.
O vice-presidente de Relações Institucionais, da Semove, Rodrigo Tortoriello, coordenou a preparação do Guia de Governança do Transporte Público do Estado do Rio, que será distribuído para os associados. Tortoriello destaca a nova fase da entidade. “Com a casa arrumada, podemos nos mostrar ao público e dizer que mudamos nossos métodos de trabalho e as ferramentas. Estamos prontos para fazer uma nova gestão, para trazer propostas junto com o poder público que possam melhorar a mobilidade urbana”, afirma. Além da mobilidade, o novo posicionamento da Federação abrange a responsabilidade social e com o meio ambiente. “Temos de promover ações sustentáveis, discutir eletromobilidade, fontes alternativas de combustíveis mais limpas, recicláveis, e a questão de governança e da postura ética”, detalha.
Tortoriello lembra que o diálogo com o poder concedente é importante para a concretização do novo modelo de financiamento do sistema, com subsídio, para que o usuário possa fazer o deslocamento com preços razoáveis. “Não dá mais para viver de tarifa. A crise da Covid provou isso. Quem imaginaria que os ônibus teriam de circular sem pessoas em pé? Se não fosse assim, os serviços não funcionariam na pandemia. Essa é a importância que temos de dar ao transporte”, argumenta.
A gerente de comunicação da Federação, Verônica Abdalla, envolvida no processo de reestruturação, deu apoio técnico para a criação da nova marca, coordenando os trabalhos de pesquisa e planejamento de comunicação. “Foi uma transformação de dentro para fora, mostrando a mudança da cultura da Fetranspor, que já estava sendo feita há cinco anos, que agora concretizamos com a Semove”, resume.
Foto: Fausto Ferreira/Divulgação Semove