Rodoviários: assembleia do dia 14 pode aprovar greve no setor

As tentativas de se chegar a um acordo entre a direção do Sindicato dos Rodoviários e o Rio Ônibus em relação ao reajuste salarial da categoria não trouxe o resultado esperado já que os empresários alegam não terem condições financeiras para arcar com as reivindicações dos trabalhadores. Diante desse impasse, o presidente do sindicato, Sebastião José, convocou para o dia 14, às 16h, na sede da Rua Otaviano, 404, em Rocha Miranda, assembleia geral para definir o rumo que será dado pelos rodoviários às negociações.

O aumento salarial é referente ao período de junho de 2021 a maio de 2022, que tem como base a inflação daqueles últimos 12 meses medida pelo INPC que ficou em 11,90%. “Em junho completa dois anos que a categoria não tem nenhum tipo de reajuste, fazendo com que os trabalhadores acumulem um enorme prejuízo. Por isso ingressamos no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), já que foi de lá que saiu o acordo, com pedido para que as empresas cumpram o que foi determinado, ou seja, o pagamento dos 11,90 referente aos anos de 2021 e 2022”,  explicou.

Sebastião disse ainda que os rodoviários estão descontentes, pois representante da prefeitura estava presente na mesa de negociação  com o MP e o TRT e não tomou nenhuma iniciativa, seja obrigando os empresários a pagar ou pagando, já que ela, prefeitura, tem consciência de que é devedora.

“Os empresários foram categóricos em afirmar que a prefeitura disse que só fará o repasse em relação ao aumento das tarifas, caso as empresas cumpram o que está no contrato e realizem melhorias na frota, como ar condicionado e aumento do número de carros. Essa posição das empresas é inaceitável”, explicou.

O presidente afirmou também que o reajuste salarial dos trabalhadores já deveria estar sendo pago desde novembro do ano passado, o que deixa a categoria mais apreensiva. Além do índice de aumento, o sindicato está negociando outros pontos importantes para os trabalhadores, como intervalos de descanso, vale alimentação, cesta básica, jornada de trabalho e a reposição aos trabalhadores do valor da inflação da época.

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