Supervia: Alerj pede a criação de grupo de intervenção e transição

A empresa Gumi Brasil, representante da japonesa Mitsui e que atualmente controla a Supervia, irá devolver dentro de prazo de quatro meses o sistema para o Governo do Estado. O grupo japonês está desde 2019 à frente do sistema, e alega que a perda de receita com os roubos de cabos e congelamento de tarifas, são os  principais fatores que contribuíram para essa decisão.

De acordo com o presidente da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deputado Dionísio Lins (Progressistas), essa situação já vem se arrastando há anos e quem acaba pagando essa conta são os usuários.

“ Já havíamos entrado com representação no Ministério Público pedindo que a concessão da Supervia fosse devolvida para o governo estadual, em que sugerimos através de uma indicação legislativa, a criação de um grupo de intervenção e transição que seria composto por representantes do Poder Executivo, do Legislativo, Secretaria de Transportes, Agência Reguladora e de órgãos de defesa do consumidor para acompanhar essa transição, mas não obtivemos nenhum posicionamento. Não dá mais para a população ficar refém de um serviço inadequado e ineficiente”,  disse.

Dionísio lembrou ainda que o aditivo que prorrogou a concessão até 2023 estava condicionado a investimentos que não foram feitos pela concessionária. Para se ter uma ideia, a SuperVia possui 204 trens que circulam em uma malha de 270 quilômetros, com parada em 104 estações ao longo de 12 municípios, e que já transportou mais de 1,1 milhão de passageiros por dia, hoje esse número não passa de 400 mil.

“Rezo para que tenhamos um desfecho satisfatório para os usuários, que não podem continuar pagando o preço da desorganização e sendo transportados como gados, em vagões sujos e escuros, principalmente aqueles dos ramais que atendem a Baixada Fluminense”,  afirmou.

Foto: Divulgação

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