Com sumiço de linhas e frota reduzida, ônibus circulam lotados
O sumiço de linhas e outras com intervalos muito longos entre os ônibus obrigam os usuários a viajar em coletivos lotados em plena pandemia da Covid-19. Passageiros reclamam que sumiram das ruas as linhas 433, 434, 464, 238, 822, 850, 895, 858A, 781, 388, Troncal 2, 254 e 277.
A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que essas linhas não foram extintas e que os consórcios estão sujeitos a multa, caso não atendam à população. Segundo a Secretaria, em monitoramento realizado foi constatada a inoperância das linhas 850 (Mendanha-Campo Grande) e 895 (Serrinha-Campo Grande) e a circulação de frota abaixo do determinado da linha Troncal 2 (General Osório – Rodoviária). A pasta disse ainda, por meio de nota, que os consórcios foram autuados.
Em outra ação da SMTR no Terminal de Campo Grande e na Rua Campo Grande, os fiscais vistoriaram oito linhas e constataram que a 822, 841 e 842 não estavam circulando. As linhas 802, 821, 835 e 838 circulavam com frota abaixo do estabelecido pela secretaria.
Sindicato dos Rodoviários critica redução da frota
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, disse que a diminuição dos ônibus nas ruas é preocupante, já que obriga os passageiros a utilizarem outras linhas que sempre estão com os veículos lotados; isso sem falar no desaparecimento de algumas delas. Ele destaca ainda que é incoerente a Prefeitura do Rio ao mesmo tempo exigir que menos passageiros sejam transportados. “Para que se reduza o número de passageiros, é necessário que se aumente o número de carros nas ruas circulando para evitar a superlotação, o que traria maior segurança para os profissionais da categoria e usuários, reduzindo muito o risco de contaminação”, explica o presidente do Sindicato.
Sebastião José ressalta que o sindicato não entende o porquê de o Ministério Público do Estado do Rio até agora não ter tomado uma atitude sobre o assunto. “Vamos aguardar até segunda-feira uma posição do Ministério Público, caso contrário, o sindicato já estuda a possibilidade de entrar com uma ação na Justiça pedindo o retorno imediato da circulação de todas as linhas”, informa.
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