CNT pede a derrubada do veto ao auxílio aos transportes coletivos

No encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP) e senadores, o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Vander Costa, ressaltou a importância da derrubada do veto presidencial ao projeto de lei n.º 3.364/20, que cria o auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para sistemas de transporte.

Para a Confederação, o veto compromete a sustentabilidade dos sistemas e coloca em risco milhares de empregos diretos e indiretos. Segundo a CNT, o transporte coletivo é um dos setores que mais tem sofrido os efeitos da crise provocada pela pandemia da covid-19 e sem o socorro financeiro, os transportadores terão dificuldades também para garantir o preço atual das tarifas, onerando, assim, a população pobre, que é a maior dependente dos sistemas de transporte público do país.

Durante a reunião desta terça-feira (22/12), em Brasília foram discutidas também questões como a prioridade de investimentos no transporte em 2021 e projetos de lei que fomentem a competitividade do setor. Estavam presentes os senadores Rodrigo Pacheco (DEM/MG), Eduardo Gomes (MDB/TO) e Wellington Fagundes (PL/MT) e o secretário de Transportes do Distrito Federal, Valter Casemiro.

Entidades alertam para as dificuldades do setor em 2021

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em nota conjunta, alertam que a falta de recursos para o setor afetará milhões de brasileiros que só têm o transporte público como meio de deslocamento – os serviços de transporte coletivo por ônibus urbano atendiam, antes da pandemia, cerca de 40 milhões de pessoas diariamente, e os serviços metroferroviário mais de 12 milhões.

Desde março, o transporte de passageiros sobre trilhos e de ônibus coletivo urbano acumulam um déficit de R$ 16,3 bilhões, sendo R$ 7,5 bilhões somente em relação à arrecadação de receita do setor de trilhos e R$ 8,8 bilhões relacionados ao desequilíbrio entre custos e receita do transporte coletivo por ônibus.

Passados mais de nove meses do início das restrições referentes à pandemia, os operadores de trilhos e ônibus estão transportando, em média, 60% dos passageiros, o que demonstra a lenta recuperação do setor. Além disso, o país chega ao mês de dezembro com o número crescente de contágio o que agravará ainda mais a situação e, consequentemente, a crise dos transportadores ao longo de 2021.

Para o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, o governo federal precisa apontar uma solução para a situação crítica na qual o transporte coletivo se encontra, especialmente no momento em que os casos de Covid-19 voltam a subir no Brasil. “A ocasião exige uma oferta de serviço de transporte público cada vez maior para minimizar riscos de contágio, o que só aumenta o desequilíbrio econômico-financeiro das empresas. O auxílio do governo federal é absolutamente necessário e deve ser viabilizado com extrema urgência”, avalia o presidente.

Foto: Agência Brasil

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