Alerj cobra explicações da SMTR sobre aluguel de ônibus escolares
A Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) questionou a Secretaria Municipal de Transportes, por meio de ofício, nesta segunda-feira (16/08), sobre a intenção de alugar cerca de 30 ônibus, por R$1,056 milhão, para reforçar o atendimento aos usuários do BRT. De acordo com o presidente da Comissão, deputado Dionísio Lins (Progressistas), o que preocupa é que esses veículos que serão alugados são os que fazem o transporte de milhares de alunos da rede municipal.
“Somos completamente contrários ao aluguel desses ônibus escolares. Hoje temos a pandemia, mas amanhã tudo isso passando, como ficarão os milhares de alunos que são atendidos para se locomoverem na ida e na volta para escolas? É como despir um santo para vestir outros”, disse.
Dionísio afirma ainda que é preciso entender como será feita essa transação, de onde vem a verba para o aluguel dos veículos e se não seria mais fácil utilizar os ônibus das empresas dos consórcios que atendem a Prefeitura e que encerraram suas atividades, evitando assim um gasto mensal enorme com o aluguel.
O parlamentar disse ainda que há informações de que os coletivos passarão por adaptações, como, a colocação de duas portas do lado esquerdo para o embarque e embarque nas plataformas do sistema. “Sabemos que haverá adaptações nos veículos para que eles atendam os usuários do BRT, como a colocação de duas portas do lado esquerdo; mas e internamente, haverá distanciamento de uma poltrona para outra? As janelas ficarão abertas ou serão fixas?”, indagou.
O BRT Rio informa, por nota, que realiza testes operacionais com um ônibus de piso alto que não mais integra a frota que atende ao transporte escolar.
“Informamos também que não se trata de empréstimo. Se os testes forem bem sucedidos, o BRT Rio irá contratar e pagar por esses ônibus, que passarão a integrar o sistema, de forma independente da frota que atende ao transporte escolar, cujo contrato é da Secretaria Municipal de Educação”, explica o comunicado.
Em ambos os casos, o aluguel se dá por ônibus efetivamente em operação, incluindo motorista, combustível e garagem. “Por ser fase de testes, não foi celebrado contrato. Também não temos estimativa de veículos a serem contratados e a data para início dessa operação. Mais detalhes desse projeto serão divulgados no momento oportuno”, diz a nota.
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