SuperVia terá apoio do Disque Denúncia para coibir roubos e furtos

A SuperVia lança nesta segunda-feira (13/09) campanha para coibir roubos, furtos e vandalismos nas estações e na via férrea. Para receber as denúncias desses tipos de crimes, a concessionária firmou parceria com o Disque Denúncia (2253-1177). O anonimato do denunciante é garantido. Com isso, o público pode facilitar e agilizar o trabalho da polícia com informações mais precisas e em tempo real sobre os fatos.

O atendimento é realizado de segunda a sexta, das 7h às 22h; e aos sábados, das 8h às 17h. Em outros horários, a população pode contar com o aplicativo Disque Denúncia RJ, disponível para os sistemas Android e IOS. A empresa vai instalar peças publicitárias nas estações e trens, fazer posts em redes sociais e colocar carros de som circulando nas proximidades das estações mais afetadas por esses delitos que afetam a circulação das composições.

De acordo com a concessionária, só nos seis primeiros meses deste ano, a operação dos ramais foi afetada mais de 2.400 vezes por casos como estes ao longo dos 270 km da malha ferroviária. “A mobilização do cidadão e estímulo à participação social é muito importante porque, quando há roubos e furtos, este mesmo cidadão é o maior prejudicado considerando que a circulação dos trens pode ficar mais lenta (pois maquinistas precisam aguardar ordem de circulação) ou até ser parcial ou totalmente interrompida para manutenção.  Isso afeta não apenas a SuperVia mas, principalmente, seus clientes”, diz a nota da empresa.

Furtos de cabos de sinalização e energia e de grampos de fixação

De janeiro a junho deste ano, por exemplo, houve 364 ocorrências internas de furtos dos cabos de sinalização e energia, totalizando 14.173 metros. Nesses casos, o controle das composições passa a ser feito via rádio e não de forma automática. Por isso, os trens precisam aguardar ordem de circulação, o que provoca intervalos irregulares.

No mesmo período, também foram registradas 23 ocorrências internas de furtos de grampos de fixação, que somam 3.271 unidades retiradas da via. A peça é fundamental para a operação, pois serve para fixar os trilhos aos dormentes. A sua retirada pode deixar a linha férrea vulnerável e colocar a circulação dos trens em risco. Por medida de segurança e como consequência do furto, os trens passam a circular com velocidade reduzida na região até que novos grampos sejam instalados. Em casos mais graves, quando são furtadas peças em sequência, dormente por dormente, a circulação precisa ser interrompida para evitar descarrilamentos.

“Nossos técnicos e agentes realizam vistorias diárias ao longo da via e ainda contamos com os policiais militares do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer), mas ter um canal popular como o Disque Denúncia auxiliando nesta campanha contribui em muito para a fiscalização e a otimização do serviço porque todos poderão colaborar com a vigilância no sentido de estancar esse tipo de crime. Interrupções ou lentidão causam prejuízos aos clientes e à SuperVia. Operamos por uma malha de grande extensão, 270 quilômetros, por isso será muito importante contarmos com a ajuda de todos. Somar essas forças neste momento será estratégico para melhorarmos o serviço prestado à população”, afirma o Diretor de Operação da SuperVia, Marcelo Feitoza.

Os furtos e vandalismos verificados podem se enquadrar no Artigo 260 do Código Penal, que dispõe sobre a conduta que causa o perigo de desastre ferroviário. Segundo o texto, destruir, danificar, impedir ou perturbar o serviço ferroviário também é crime, e prevê pena de reclusão, de dois a cinco anos, e multa para qualquer pessoa que cause transtornos ou risco à operação ao subtrair cabos e materiais do sistema ferroviário, ou danificá-los, por exemplo.

Foto: divulgação

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