Furtos de cabos dos trens triplicaram em 2021, em relação a 2020

Na manhã desta sexta-feira (26/11), os trens do trecho Central – Gramacho, do ramal de Saracuruna, circularam com intervalos maiores por causa do roubo de cabos. Um relatório da SuperVia mostra que, este ano, 1.102 viagens foram canceladas ou interrompidas devido ao problema.

De acordo com a empresa, a quantidade de furtos mais do que triplicou em 2021, em relação ao ano passado. Entre janeiro e 15 de novembro de 2021, foram registradas 686 ocorrências, com o furto de 29.183 metros de cabos. E 2020, foram 355 casos e 7.474 metros fde cabos roubados. Um relatório da SuperVia mostra que 1.102 viagens foram canceladas ou interrompidas em 2021 devido ao problema. 

A situação mais grave é a do ramal de Japeri, com 323 ocorrências, que tiraram da rede ferroviária 15.784 metros de cabos. Segundo a empresa, o prejuízo é de R$ 1,5 milhão só com a reposição dos equipamentos. Há também casos de arrombamento e vandalismo, como aconteceu com a porta de uma instalação da Supervia nas proximidades de Bonsucesso.

O gerente de segurança da Supervia, Simar Cavalieri, destaca que o perfil dos furtos mudou e se sofisticou nos últimos meses. “Há uma mudança nas características destas ocorrências. Os criminosos estão furtando até cabos de alta tensão, uma prática que exige cerca vivência com o material. Também percebemos a atuação de grupos de homens armados ao contrário do que acontecia antes, quando o perfil dos criminosos era de usuários de drogas que atuavam sozinhos e sem armas de fogo”, ressalta o gerente.

“Em agosto tivemos o maior número de ocorrências ao longo da malha ferroviária em 2021 e, além dos cabos, foram levados equipamentos fundamentais para a sinalização, o que culminou na interrupção temporária do ramal Japeri. Em setembro, o trabalho da força-tarefa da segurança pública levou a uma diminuição dessas ocorrências, mas, deste outubro, os casos voltaram a ocorrer em grande volume”, explica.

Para tentar evitar esse tipo de crime, a SuperVia tem feito ajustes na instalação dos cabos que apresentam custos três vezes maior que o modelo tradicional. Além disso, a concessionária aderiu ao Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), no qual policiais atuam nas áreas mais sensíveis da rede.

Foto: Divulgação

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