BRT: Prefeitura monta plano para reduzir transtornos da greve

Prefeitura divulga plano para reduzir transtornos da greve do BRT

Rodoviários do BRT entraram em greve durante a madrugada desta sexta-feira (25/02), para reivindicar melhores condições de trabalho, segurança e reajuste salarial. Nesta manhã só o corredor Transoeste funcionava parcialmente, com ônibus regulares e apenas a linha Santa Cruz-Alvorada. Para reduzir os transtornos causados pela paralisação, a Prefeitura do Rio implantou um plano de contingência.

No corredor Transoeste estão mantidos os ônibus urbanos nos serviços “diretão” e na Avenida Cesário de Melo:

Direto:

    – Linha 10: Santa Cruz x Alvorada, direto intervalo de 5 min.

    – Linha 12: Pingo D’Água x Alvorada, direto, intervalo de 5 min.

Cesário:

  – Linha 20: Santa Cruz x Salvador Allende, expresso, intervalo de 10 min

  – Linha 19: Pingo D’água x  Salvador Allende, expresso, intervalo de 8 min

  – Linha 25: Mato Alto x Alvorada, parador,  intervalo de 10 min.

De acordo com o plano de contingência, estabelecido desde a última greve, os operadores das empresas de ônibus que abrangem as áreas dos três corredores estão com as linhas reforçadas.

Reforço de ônibus convencionais

Fora do sistema BRT, linhas de ônibus convencionais foram reforçadas para suprir áreas da Transoeste e Transcarioca. No trecho Jardim Oceânico, Alvorada e Taquara as opções são 803, 900, 766, 565 e 954, que atendem os bairros de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Gardênia Azul, Pechincha, Freguesia e Cidade de Deus.

No trecho entre Taquara e Madureira, o usuário tem como opção a linha 636 que está operando até o Merck.

No trecho entre Madureira e Penha, o usuário tem a linha 355.

No trecho entre Penha e Bonsucesso, o usuário pode utilizar a linha 313.

Os deslocamentos entre Fundão e Barra podem ser realizados com a linha 616 até Del Castilho e linha 614 até a Barra.

Linhas executivas da zona oeste que têm itinerário pela Av. Brasil estão sendo desviadas para atender o eixo com pouca oferta na TransOeste.

O Metrô estendeu o seu horário de pico para aumentar a oferta e a Supervia comunicou não ter alteração na sua demanda até agora.

Bate-boca entre empresários e Prefeitura

Em nota, a Prefeitura do Rio informou que não recebeu qualquer comunicado, por parte do Sindicato ou qualquer outra liderança, sobre a intenção dessa paralisação ou a pauta de reivindicações. “Portanto, trata-se de uma greve ilegal. A Prefeitura do Rio, por meio da empresa Mobi.Rio, orienta à população que procure outra alternativa de transporte público

O prefeito Eduardo Paes se manifestou sobre a greve no Twitter, dizendo que a greve é obra dos empresários que faziam parte do consórcio BRT.

“Tem empresário de ônibus insatisfeito com a encampação e usando trabalhadores do BRT para tentar reconquistar a concessão. Lamento informar que não serão bem sucedidos. Vamos prosseguir. Estamos trabalhando para restabelecer o sistema”, afirmou Paes.

O Rio Ônibus repudiou o posicionamento de Eduardo Paes e ressaltou “que a paralisação é uma das consequências do que a inércia e a falta de governança do poder público são capazes de fazer, deixando milhares de passageiros sem ônibus. Mesmo ignorando as necessidades das linhas circulares e investindo milhões no BRT, o sistema vive apenas de promessas não cumpridas há um ano, desde que a Prefeitura assumiu a gestão dos corredores”.

Por meio de nota, o Sindicato dos Rodoviários do Rio informou que cerca de 480 motoristas que trabalham nos três corredores do BRT reivindicam que seja realizado um novo contrato que garanta todos os direitos dos funcionários, incluindo férias, 40% do FGTS em caso de demissão, auxílio desemprego, reajuste salarial, ticket alimentação, plano de saúde, pagamento de horas extras, além da contratação dos funcionários que estão afastados pelo INSS.

De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, a entidade também foi pega de surpresa com essa paralisação, já que as negociações estão bem adiantadas.

“As tratativas com a prefeitura está andando, mas claro que ainda existem pontos que precisam ser discutidos, como a demissão dos cerca de 60 funcionários que estavam pelo INSS, que para nós e inadmissível. Que fique claro que nem a prefeitura nem os empresários usarão os profissionais da categoria como massa de manobra”, explicou, que ainda completou:

“Essa paralisação do BRT pegou todos nós de surpresa, inclusive o sindicato. A gente só tomou conhecimento da mobilização através de redes sociais ontem à noite. Já procuramos a prefeitura, as negociações estão em aberto e o restante da pauta que foi colocada já está praticamente negociada. Então, o sindicato jamais convocaria uma greve sentado na mesa resolvendo os problemas com a Mobi. Rio que é o que tem acontecendo. Só essa semana nós tivemos três rodadas de negociações e 80% dessa pauta já foi solucionada”.

O Centro de Operações Rio (COR) disse que a cidade entrou em Estágio de Mobilização às 06h45, por causa dos problemas na mobilidade. Confira as recomendações:

O porta-voz do Rio Ônibus, Paulo Valente, disse que não tem condições de absorver as demandas extras, mas as empresas de ônibus convencionais estão reforçando a frota de linhas que operam paralelas ao BRT.

Foto: Divulgação.

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