Rodoviários se retiram do Conselho de Trabalho de Niterói

Representantes do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) retiraram-se, formalmente, da composição da base de trabalhadores do Conselho Deliberativo Municipal do Trabalho, Emprego e Renda de Niterói. O presidente da entidade classista, Rubens dos Santos Oliveira, e o diretor, Adriano Félix Arcenio, assinam a renúncia como conselheiro e suplente, respectivamente. Justificam sua decisão acusando o órgão de falta de transparência na gestão de recursos da ordem de R$ 35 milhões, ausência de diálogo e total inércia em relação a projetos destinados aos trabalhadores da cidade, na implementação de programas de qualificação profissional e geração de emprego e renda.

“O conselho foi criado há um ano e, apesar de várias propostas apresentadas pelos conselheiros, representantes dos trabalhadores, nada foi decidido ou implementado. Em todo esse tempo, houve apenas uma reunião dos integrantes do órgão e estamos falando da gestão de um aporte de R$ 35 milhões, recursos que deveriam ser destinados a programas de qualificação e geração de empregos para os trabalhadores”, afirma Rubens Oliveira.

O documento, que é de caráter irrevogável, foi encaminhado ao coordenador do órgão, Carlos Daudt Brizola, nesta terça-feira (9/5) e passa a valer a partir de hoje (10/5). Nele, os líderes rodoviários destacam “a inércia dos trabalhos realizados até a presente data, como também a total falta de comunicação necessária ao prosseguimento dos trabalhos propostos”.

O Conselho Deliberativo Municipal do Trabalho, Emprego e Renda de Niterói agrega seis sindicatos de empregadores, seis de trabalhadores e seis secretarias municipais. Ele foi instituído para criar e implementar projetos que viabilizem o desenvolvimento de todas as classes de trabalhadores atuantes em Niterói, como geração de empregos, qualificação profissional e funcionamento do Sistema Nacional de Emprego (SINE) na cidade, entre outros.

Rubens Oliveira questiona ainda a insistência da Prefeitura em não acatar recomendações do Ministério Público (MPRJ) para que os rodoviários sejam ouvidos, através de sua entidade sindical, na formulação da nova Lei Urbanística de Niterói e no estudo de viabilidade econômica das empresas de ônibus da cidade.

“A Prefeitura simplesmente ignora os trabalhadores. É como se não existíssemos. Isso, certamente, é um equívoco, que irá refletir negativamente junto à categoria e à população”, alerta o presidente do Sintronac.

Foto: Divulgação

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