Sindicato havia avisado empresas sobre risco de paralisação

O atraso no pagamento do décimo terceiro salário de motoristas desencadeou uma onda de paralisações dos profissionais nas empresas que trabalham nos consórcios e nos BRTs. De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José, as empresas de ônibus já haviam sido avisadas da possibilidade de paralisações caso o atraso ocorresse.

Sebastião José disse que há dois meses comunicou aos consórcios de que caso o repasse não fosse pago na data determinada, isso poderia acontecer. “Para se ter uma ideia, no início da pandemia assinamos um acordo com as empresas com o aval do Ministério Público do Trabalho (MPT), em que ficou acertado que haveria a redução de jornada, mas sem demissões, o que não foi respeitado”, lembra o presidente do sindicato. Ele acrescenta ainda que o trabalhador já está com dívidas, sem dinheiro para honrar seus compromissos, e ainda por cima não recebe o décimo terceiro conforme o combinado. “Sinceramente não dá para controlar esse tipo de sentimento de revolta dos profissionais”, afirma.

Sebastião José comentou ainda que o sindicato entrou com uma ação no MPT, que chamou o Rio Ônibus para uma audiência de consenso para que o décimo terceiro fosse pago em 5 parcelas, desde que o salário mensal fosse integral. “Conversamos com a direção do Rio ônibus que nos pediu um prazo de 24h para avaliar a propostas, mas no fim não assinaram o acordo, já que insistiam em pagar em 8 vezes”, conta Sebastião.

De acordo com o presidente da entidade, o sindicato e o Ministério Público do Trabalho (MPT), sempre estiveram à disposição para um acordo que evitasse a situação que está ocorrendo agora, mas os empresários não acreditaram que isso poderia acontecer. Vamos mais uma vez entrar com uma ação na justiça, cobrando o acordo assinado e o pagamento imediato do 13°salário”, concluiu Sebastião José.

Foto: Reprodução

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