Covid-19: Sindicato dos Rodoviários vê perigo em ônibus lotados
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, critica os decretos da prefeitura, que, segundo ele, um dia determina o transporte de passageiros sentados e logo em seguida em pé. “Não dá para entender, mas fica a pergunta: quem vai fiscalizar a lotação desses veículos e o uso de máscaras e álcool gel pelos usuários?”, indaga Sebastião José.
Para ele, essa fiscalização tem que ser feita Guarda Municipal e Polícia Militar. “Não se pode imputar essa responsabilidade ao motorista ou ao cobrador, que não possuem poder de polícia”, destaca.
José Carlos lembra ainda que durante a pandemia 41 rodoviários morreram infectados no Rio pelo coronavírus e o número de infectados chega a 139.
Ônibus lotados
O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb Rio), José Carlos Sacramento também criticou a autorização dada pela prefeitura para que as empresas transportem passageiros em pé. Para Sacramento, a lotação dos coletivos anula outras medidas de prevenção ao contágio do coronavírus.
Entretanto, Sacramento elogiou a determinação da prefeitura de obrigar os ônibus de rodarem com as janelas abertas e o ar-condicionado desligado como forma de prevenir o contágio do coronavírus. “Nesse momento de pandemia é mais do que prudente que os coletivos circulem com as janelas abertas, mas permitir que as empresas transportem passageiros em pé torna a medida praticamente ineficiente”, argumenta Sacramento. Ele afirma que o sindicato apoia a determinação da Prefeitura, mas somente no transporte de passageiros sentados.
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