No primeiro dia de fiscalização, 20 linhas de ônibus são multadas
No primeiro dia de monitoramento de 50 linhas de ônibus, a Secretaria Municipal de Transportes registrou 30 infrações em 20 linhas, que operaram nesta terça-feira (19/10), com frota abaixo do mínimo determinado pela prefeitura. Desse total, 11 foram para o consórcio Transcarioca; dez para o consórcio Santa Cruz; e nove para o consórcio Internorte. O valor de cada multa é de R$ 1.926,75.
As infrações foram divulgadas nesta quarta (20/10), no painel público da prefeitura. Até novembro, 50 linhas serão monitoradas. No mês que vem, outras 47 serão acompanhadas. A partir do dia 15 de novembro, a expectativa é de que toda a rede regular do sistema de ônibus seja fiscalizada nos horários de pico, de manhã e à noite.
As multas são geradas por uma ferramenta que monitora em tempo real os GPS dos coletivos, detectando quais são as linhas que estão circulando com a quantidade de veículos abaixo do número estabelecido pela Secretaria.
O painel da prefeitura também mostra quantos ônibus circulam por faixa horária. De acordo com o sistema, os consórcios operaram com 47% da frota determinada – 3.064 ônibus. Segundo a prefeitura, o total de coletivos nas ruas deve ser de 6.477. O consórcio Intersul deve rodar com 1.310 ônibus, o Internorte com 2.062, o Transcarioca com 1.520 e o Santa Cruz com 1.585.
“O sistema até então disponibilizado pelas próprias concessionárias apresentava problemas de instabilidade e não gerava relatórios, o que impossibilitava o acompanhamento do histórico das linhas. Para monitorar a rede, era necessário que um fiscal contasse os ônibus em tempo real manualmente no mapa, linha a linha. A ferramenta desenvolvida pela SMTR é capaz de monitorar automaticamente a operação de toda a rede de ônibus e já é integrada com o sistema de aplicação de multas”, explicou a secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio.
Rio Ônibus: empresas são ‘pagadoras de impostos’
Em nota enviada na terça-feira, o Rio Ônibus, Sindicato das Empresas de Ônibus, ressaltou que as viações são “formalmente constituídas” e “pagadoras de impostos”, ao contrário dos transportes ilegais, como as vans.
“As referidas multas não deixaram de ser pagas, estão sob cabíveis recursos administrativos. O Rio Ônibus ressalta que as empresas de ônibus são formalmente constituídas, pagadoras de impostos e de multas recebidas, diferentemente de sistemas ilegais de transportes em operação na cidade, que circulam livres de fiscalização e que sequer recebem multas, promovendo caos e degradação à mobilidade urbana do Rio de Janeiro”.
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